segunda-feira, 28 de março de 2011

NECROFILIA

Não quero você cálida.
Prefiro você pálida.
Deitada...
Em sua roupa de madeira.
Na minha cabeça eu não faço besteira.
Quero você inteira
Fria...
Com maestria...
Livre de tabus.
Antes de seu corpo ir para os urubus.
Os meios justificam os fins.
Quero estar entre seus rins.
Não me importo com suas cicatrizes.
Nem com seus últimos dias, alegres ou infelizes.
Não quero saber dos matizes.
Aqui alimento a minha fantasia.
Não sei se é normal ou doentia.
Só quero me satisfazer.
E com você ter um pouco de prazer...

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